Um dia daqueles!

Era um dia comum como qualquer outro, estava caminhando por uma parte que nao conheço muito da cidade, era um caminho tortuoso e bem esquisito, como era Shiruba que estava guiando nao dei muito importancia, afinal ele sabia onde estava indo.
Quando percebo onde estou, vejo que estou numa parte perigosa da cidade, por sorte ainda tinha um restinho de luz do sol, o que para mim é muito util, afinal entrar num lugar desses a noite, dobramos o perigo.

Começamos a procurar uma saida, e quando nos demos conta estavamos dentro de uma boca de fumo, Shibura rapidamente encontrou um cadeado de bicicleta solto e o pegou para usar como arma em caso de emergencia, e foi organizar sua carteira para nao deixar os documentos dentro dela, enquanto organizava sua carteira e finalmente colocava a identidade junto a sua camisa um meliante (malaco) se aproximou e começou a perguntar: "O que mais tem na carteira garotão..." rapidamente respondemos e saimos do lugar, e os meliantes vieram em nossa direção, então deu inicio a uma "perseguição".

Corremos e olhavamos para tras regularmente, juntei forças nao sei de onde para correr tanto, "quanto corri nesse dia?", nao sei o quanto corri, mais foi muito mais do que realmente posso correr.

O caminho era tortuoso, ruas quebradas, medo de encontrar uma rua sem saida, evitavamos de correr em uma rua reta, e procuravamos ruas calcada, pois ainda só encotravamos ruas sem calcamento, e quando olhavamos para tras sempre tinha alguem correndo, porem a quantidade de pessoas foi reduzindo.

Quando viramos mais uma esquina, encontramos uma casa salmão, com uma especie de janela no muro, que eu acredito ser o lugar por onde os moradores da casa deveriam jogar o lixo fora. Com o impulso da corriga, um pé na parede, o joelho na parede, os apoios dos braços, e o corpo pelo buraco, passei por esse buraco com um unico pulo na corrida, depois de uma curva. Shiruba veio atras de mim, e estavamos dentro do terreno dessa casa.

Começamos a rondar a casa para saber se tinha alguem dentro dela, por sorte nao tinha ninguem, olhamos e olhamos, e finalmente achamos uma chave debaixo de um tapete, isso sim era algo esquisito, quem nos dias de hoje ainda faz isso, e porque nao colocar a chave em algum outro lugar?

Dentro da casa começamos a procurar algo para tomar, estavamos exaustos de uma corrida como essa, para uma pessoa que nao esta em forma como eu, correr da maneira que corri e pular do jeito que pulei é um grande esforço, encontrada a agua na geladeira, levemente fresca, e com uns cubos de gelo, tomamos uma agua gelada.

Eu em seguida da água fui diretamente ao quarto onde fiquei no sentado no chão olhando para o lado de fora esperando NAO encontrar nenhum daqueles rostos de malacos, e esperando nao ter que fazer isso novamente, para o meu azar, já tinha anoitecido, e estava numa casa estranha, que nao sabia a que horas iria voltar os donos da casa, e para melhorar, estava num bairro perigoso, com malacos querendo me procurar.

Fiquei olhando um pouco, quando Shiruba me avisa que tem alguem voltando, corremos para a entrada do lugar, deixamos a chave onde estava e finalmente corremos para os fundos onde tinha umas madeiras velhas, e embaixo dessas madeiras velhas e om muita teia de aranha, sentamos.

Nesse momento decidimos por fazer uma ronda, ficavamos revezando de hora em hora quem dormia e quem ficava acordado. Por uma sorte ninguem foi verificar as teias de aranhas nas madeiras velhas do fundo da casa.

O dia começou a amanhecer, rapidamente fomos procurando uma forma de sair dessa casa, nao queriamos que os donos dela vissem um cabeludo baixinho e um "meio loiro" alto, de imediato encontramos o mesmo buraco pelo qual entramos, e nao conseguimos sair pelo mesmo, talvez a falta de adrenalina, e a falta de impulso tenha prejudicado nossas ideias.

Procuramos por um tipo de apoio, quando percebo nas madeiras velhas, encontrei uma caixa de madeira, dessas que se carrega legumes e frutas em feiras de rua, usando essa caixa de apoio sumimos no muro e pulamos para a rua, era de barro e a queda foi levemente brusca, mais ainda assim silenciosa.

Começamos a andar em busca de uma saida, um caminho familiar, andando um pouco e fazendo uma curva correta, encontramos uma avenida, olhando bem para a mesma, era uma avenida conhecida, "Contorno Sul", como fiquei feliz em ver uma rua conhecida, estavamos tão perto de sair desse lugar e finalmente voltar para casa.

Enquanto caminhavamos felizes para a Contorno Sul, o humor e o animo já estavam voltando, e a felicidade de estarmos salvos, o que durou bem pouco.

Um oitocentos metros antes de chegar na avenida, quatro bicicletas nos barram, e começam a falar, Shibura pega seu cadeado e o segura firme, um carro passa bem devagar olhando para nós, nao sei qual carro era, mais era um tipo de Uno com a parte traseira mais alongada, lembrando um chevolet antigo.

Dentro do carro vejo um garoto, peço ajuda, ele para o carro perto e sai do carro dizendo para pararem, finalmente, três contra quatro, a briga é meio desleal, mais lembro que o Shibura é grande e forte, isso contra como dois, entao a briga seria acirrada.

Uma discursão se dá inicio, pessoas falando de um lado, pessoas falando de outro, gritos de um lado e gritos do outros. Quando percebo, estou gritando: "Vamos Shiruba! Pegamos de Carona Aqui!"

E fomos nós tres em direção do carro, pouco importava para onde iamos o importante é saber que teremos um lugar para ir. Porém os malaos vieram rapido, e barraram a gente, riram de nós e o "motorista" do carro sai andando como se nada tivesse acontecido, ela passa por mim, vou até ele indagando: "O que houve???", ele me mostra um bolinho pequeno de notas de dinheiro, eu não sei quanto tinha, mais deveria ser uns mil reais, maldito.

Som do carro ligando, olho para tras para ver o que acontece, e o carro passa por mim, Shiruba na janela falava alguma coisa, mais nesse momento meus ouvidos estavam trancados e nao entendi nada do que foi dito, comecei a correr atras do carro, que foi para a avenida, mais como é de se imaginar, eu ainda cansado da ultima corrida, contra um carro; ele venceu.

Quando já estava perdendo as esperanças, um carro da policia militar passa por mim, gritando com o resto de folego que tinha, e acenando como maximo que podia, a policia para o carro, eu junto um resto de força e vou correndo até ela.

Sem folego nao consigo explicar, mais digo: "Meu... Amigo... Sequestrado", a policia intende, e pede para mim entrar no carro, aceno para ir em frente, e o motorista policial obedece.
Olhando para os todas as ruas que cruzam, finalmente vejo o carro em um cruzamento na avenida, também era de barro a rua onde o carro com o Shiruba estava indo, o carro da policia para bruscamente, e fazendo um grande barulho.

A policia vira com o carro e entra em cima do acostamento e calcadas, retorna o carro e entra na rua de barro, digo para seguir o carro, ela o faz e segue até o carro parado, sai em formação tatica, e usando suas armas, checa o carro e ele esta vazio, eu saio e olho para o chão e vejo em baixo de uma porda de madeira de uma casa, metade do cadeado que o Shiruba estava carregando.

Não tive duvida era essa a casa.

A policia entrou chutando, apontando a arma para uma moça, e foi entrando na casa, os malacos estavam na cozinha tomando agua e rindo, enquanto o Shiruba estava amarrado no canto da sala, com umas marcas nos braços.

A policia conteve o lugar e algemou os malacos e a mulher, logo depois, soltou meu amigo Shiruba, que dizia para mim: "Não acredito, para mim pensei que você iria não fazer nada", mesmo sem saber uma reposta para tal afirmação, fiquei rindo e saimos daquela casa, mais dois carros da policia chegaram, o sol agora estava atingindo um bom horario, era sete horas da manha suponho.

Um dos policiais, começou a pegar nossas informações, e antes de dizer meu nome, acordei do sonho, suado, e olhando o sol passando pela janela.

Achei tão esquisito quando qualquer coisa, pois um sonho longo, e esquisito como esse não é facil.
Fui obrigado a escrever aqui, e mostrar que ainda tenho esse tipo de coisa. Quero saber o que esse sonho significa, saber o que esta acontecendo, e finalmente tomar as medidas.

Bem este foi o meu sonho, que acordei agora, cerca de 30 minutos antes de terminar de escrever isso, ou seja, sonhei, escrevi e estou colocando aqui.

Cya

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